segunda-feira, 14 de setembro de 2009

Trova de Hazan e Fanie

Enquanto eu brilho como três vírgula quatro faróis,
Ela ilumina e alucina oito ou nove uns.
E enquanto eu esquento dois ou três cachos,
Ela reflete mil sóis.
Mas quando ela se esconde na minha frente, escurece tudo o que eu via.
E a escuridão que era tão inspiradora e reconfortante,
Se torna sem sentido.
Os lápis e rabiscos viram só grafite desgastado.
A lamparina fraca se apaga e o poeta cinza morre.

E os treze minuto que isso dura, deixa cor desbotada e música sem tom.
Perde a graça, a alegria.
O vazio não preenchido verte em lágrimas.
E o presente de outubro se perde.

Mas uma hora ela aparece e volta a correr,
Sempre onze horas a minha frente.
E o cronômetro da esperança volta a soltar.

" Óh Sol! Poderoso e grandioso como és tu, como fora cair em tal desgraça?
Com tanta Lua fora de anel em Saturno, porque escolheras justo a da Terra? "

E assim continua a estória de Hazan e Fanie, a história de um Sol e de uma Lua.
A história do Sol que se apaixona pela única Lua que não te pertence.

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