quarta-feira, 15 de setembro de 2010

Fazendo as pazes

Tem um tempo que a gente não anda se dando bem.
Falta tempo, sobra tempo, tem tempo.
Deixei você passar longe e nas horas que eram destinadas a você, eu te troquei.
Dos meus hobbies e passatempos que você gosta, só fico na escuta.
Falta toque, vibrações, choques ásperos.
Estou quase lá.
Acho que por fim, é a mesma coisa que você bem sabe dos meus dentes que nos deixou nessa situação.
A cada palavra, me sinto chegando.
Senti falta desse som e da beleza produzida aqui.
Em paralelo, toca o melhor CD de todos os tempos.
Você sabe o que siginifica.
É meu momento do dia preferido. E temido.
Pra entender basta a cara e a coragem. A cor o corpo o coração. Uma canção da banda preferida...
É hora do caramujo.
Como diz o poeta: sonho do caramujo.
Nem me esconder na casca do meu violão eu ando fazendo.
Estou frágil demais pra isso.
Sem palavras.
Esses dias andei precisando muito delas. Não vieram.
Parafraseando: os estragos do dia consomem.
E os dias foram longos. Um leão a cada dia, é o que dizem.
Odeio ver que é assim que posso ser.
Já ando por inércia. Você ando perdendo algumas coisas.

Não reli o que escrevi: com os erros, divirta-se; com o nexo, sei que só você sabe os elos.
Por enquanto é tudo que posso te oferecer.
E só pra te lembrar, faltam pitadas de sal naquelas folhas. Especialmente esses dias, tentei muito.
Cheguei a achar até. Mas não consegui.
Me desculpe por isso. Ou eu que tenho que te desculpar? Importa muito.
Mas me entenda, não por mal. Fique com os cacos.

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