segunda-feira, 27 de junho de 2011

Solfejo Crescente

Parados no topo, no cume, acima de todos.
O supra-sumo da sociedade.
Pôr-do-Sol, dezembro, brisa fria.
Um pouco de vinho num vestido floral e um pouco de gana numa jaqueta de couro.
Beijos, afagos, suspiros e carícias.

Tiraram então o carro da Lua e se inflaram de amor.
E, como num filme antigo ao som de violinos, derramaram lágrimas de suor,
gotas de paixão.

E pararam.
E ela deitou em seu peito...
E assim ficaram por tempo suficiente para que ele sentisse os arfados virarem inspirações normais e ela ouvisse os batimentos dele baixar lentamente.
Quebrando o silêncio, ela disse:

- Te amo, sabia? Ele respondeu:
- Sabia!

E riram.